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XP Registra Lucros Históricos e Captação de R$ 31 Bilhões; O Que Isso Significa para o Mercado?

2024-11-19

Autor: Julia

No terceiro trimestre de 2023, a XP surpreendeu o mercado com resultados financeiros stellar, atingindo receitas e lucros recordes, além de um impressionante crescimento na captação de novos recursos, conhecido como ‘net new money’.

Com uma receita bruta de R$ 4,5 bilhões e um lucro líquido de R$ 1,187 bilhão, a corretora fundada por Guilherme Benchimol apresentou um crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem líquida também subiu, alcançando 27,5%, um aumento notável em comparação aos 26,5% do segundo trimestre.

O chamado ‘net new money’ ficou em R$ 31 bilhões, embora tenha representado uma leve queda em relação aos R$ 32 bilhões do segundo trimestre. No entanto, o varejo se destacou, captando R$ 25 bilhões. No início do ano, a captação líquida havia despencado para cerca de R$ 15 bilhões, portanto, o retorno a níveis históricos é um sinal promissor.

As expectativas do mercado estavam alinhadas com os números reportados: estimavam-se receitas de R$ 4,4 bilhões e um lucro antes de impostos (EBT) de R$ 1,3 bilhão. A XP também reportou uma melhoria contínua no índice de eficiência, com um belo desempenho nas despesas administrativas e gerais (SG&A), que caíram 2% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 1,5 bilhão.

Olhando para o futuro, a XP declarou que está 'on track' para cumprir sua orientação financeira de três anos divulgada em dezembro do ano passado. As projeções indicam que, até o final de 2026, a receita bruta deve variar entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões, com uma margem EBT entre 30% e 34%. Nos últimos 12 meses, a XP gerou uma receita total de R$ 17,6 bilhões, com uma margem EBT de 28%.

Os novos produtos, como cartão de crédito, seguros e previdência, têm um grande potencial de crescimento. Atualmente, a penetração do cartão de crédito entre seus clientes é de apenas 29%, muito abaixo da média de 50% do setor, enquanto a participação no mercado de seguros é de apenas 2%. A companhia espera que esses produtos atinjam o ponto de equilíbrio entre 2025 e 2026, o que deve ajudar a melhorar ainda mais a margem de lucro.

Em um resultado adicional, a XP anunciou a distribuição de R$ 2 bilhões em dividendos e R$ 1 bilhão em recompra de ações, elevando o payout do ano acima de 97%. Isso representa um dividend yield ao redor de 4%, o que é um atrativo para investidores que buscam rentabilidade em momentos de incerteza.

No cenário das grandes instituições financeiras, a XP vale atualmente cerca de US$ 9,14 bilhões na Nasdaq, apresentando uma queda de 29% nos últimos 12 meses, mas negociando a aproximadamente 10 vezes o lucro projetado para 2025. O que será que o futuro reserva para a XP e como isso pode afetar o mercado financeiro brasileiro?