Um alerta importante sobre a masturbação excessiva vem do clínico geral Donald Grant, que aponta que não existe uma regra fixa sobre a frequência com que as pessoas devem se masturbar. No entanto, quando essa prática se torna incontrolável, pode ter consequências sérias na saúde sexual e física dos homens.

A masturbação compulsiva pode resultar em uma diminuição da sensibilidade na área genital, tornando mais difícil obter prazer ou excitação sexual. Esse fenômeno ocorre devido ao dano nas terminações nervosas, provocado pelo excesso de atividade, que pode levar a uma perda dolorosa de sensibilidade. Além disso, a forma brusca como alguns homens se masturbam pode causar lesões por atrito, muito além dos riscos reais à saúde.

Outro fator alarmante é o aumento do consumo de pornografia. Grant associa esse crescimento com um aumento na disfunção erétil provocada por pornografia, conhecida como PIED (Porn Induced Erectile Dysfunction). Segundo ele, esse uso insalubre da pornografia pode provocar a dessensibilização do prazer, dificultando a obtenção e manutenção de uma ereção. Os homens, muitas vezes, acabam priorizando a pornografia e a masturbação em detrimento de relações sexuais saudáveis com parceiros reais.

Os expertos indicam que este problema é, felizmente, de curto prazo. Fatores como pausas e o uso de lubrificantes podem ser soluções eficazes para restaurar a sensibilidade perdida. Além disso, existem diversos tratamentos disponíveis para homens que sofrem de disfunção erétil, permitindo que recuperem sua vida sexual e suas ereções com facilidade.

Medicamentos como sildenafil e tadalafila são altamente procurados no Brasil, sendo os mais vendidos pelo segundo ano consecutivo para tratamento de disfunção erétil. Essa realidade se reflete mundialmente, como no Reino Unido, onde foram emitidas 4,57 milhões de prescrições de sildenafil em 2023, representando um aumento significativo em comparação aos anos anteriores.

"Os hábitos de masturbação variam amplamente entre os indivíduos, com alguns praticando diariamente, semanalmente ou mesmo nunca. É crucial monitorar essa atividade para garantir que não interfira nas relações sociais, profissionais e nos relacionamentos", conclui Grant.

Entender os limites e os efeitos da masturbação, especialmente quando associada ao consumo excessivo de pornografia, é essencial para manter uma saúde sexual equilibrada. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando problemas nessa área, não hesite em buscar ajuda e orientação médica!