Ciência

Aurora de Netuno: A Descoberta Espetacular Depois de 36 Anos!

2025-03-26

Autor: Mariana

Depois de três décadas de mistério, a aurora de Netuno finalmente foi registrada, graças ao Telescópio Espacial James Webb (JWST). Essa descoberta empolgante traz à tona não apenas a beleza luminosa do gigante gelado, mas também revela algumas curiosidades surpreendentes. Por exemplo, Netuno está atualmente mais frio do que foi em 1989, quando a sonda Voyager 2 fez sua famosa visita.

As auroras, fenômenos causados pela interação de partículas eletricamente carregadas com a atmosfera dos planetas, já foram observadas em outros corpos do Sistema Solar, como Marte, Júpiter e Saturno. Agora, com a confirmação de que Netuno também abriga esse fenômeno, completamos a coleção dos quatro planetas gasosos do nosso sistema. Além disso, cometas como o 67P/Churyumov-Gerasimenko também foram observados com auroras.

O líder do estudo e pesquisador da Universidade de Northumbria, Henrik Melin, expressou sua empolgação: “Encontrar aurora em Netuno é provavelmente o resultado mais empolgante que já tive”. Essa marca histórica foi uma luta, já que os telescópios terrestres não conseguiam detectar a aurora antes.

O JWST foi decisivo nesta descoberta. Utilizando tecnologia de infravermelho, ele conseguiu medir a temperatura de Netuno e a presença do trihidrogênio catiônico (H3+), um marcador vital para identificar auroras em planetas gasosos. Uma curiosidade intrigante é que, ao contrário da Terra, onde as auroras estão próximas aos polos, as de Netuno aparecem em diferentes regiões, por causa do seu campo magnético altamente desalinhado, que é inclinado em 47 graus em relação ao eixo de rotação do planeta.

Heidi Hammel, coautora do estudo e membro da Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia, destacou a importância do H3+: “Esse elemento já foi um forte indicativo de atividade auroral em Júpiter, Saturno e Urano. Estávamos esperançosos de ver algo similar em Netuno.”

Outra descoberta impressionante é a drástica queda na temperatura da atmosfera superior de Netuno, que está agora duas vezes mais fria do que era em 1989. Isso pode ter tornado a identificação das auroras um desafio ainda maior.

Melin comentou: “As observações do JWST mostraram condições físicas inesperadas, indicando um significativo esfriamento na atmosfera. É uma grande surpresa! Apesar de estar tão distante do Sol, Netuno ainda apresenta uma atmosfera superior extremamente dinâmica.”

As novas descobertas do JWST não apenas abrem portas para compreender melhor o planeta mais distante do nosso Sistema Solar, mas também indicam que mais pesquisas estão a caminho. Em 2026, uma campanha detalhada foi programada para monitorar Netuno ao longo de um mês, o que promete trazer ainda mais mistérios e maravilhas sobre esse gigante gelado. Prepare-se para mais revelações incríveis!