Bolsonaro Lança Ataque Feroz Contra PF e Alexandre de Moraes Após Indiciamento por Tentativa de Golpe
2024-11-23
Autor: Julia
Neste sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez sérias declarações sobre o inquérito da Polícia Federal que investiga uma alegada tentativa de golpe após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante uma transmissão ao vivo no perfil de seu ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, Bolsonaro não hesitou em ironizar as investigações, descrevendo-as como "chifre em cabeça de cavalo" e se declarando contra as prisões de militares realizadas recentemente.
Ele se mostrou especialmente crítico em relação às prisões de quatro oficiais das Forças Armadas, incluindo o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, membros do grupo conhecido como "Kids pretos". Além deles, o policial federal Wladimir Matos Soares também foi detido. Bolsonaro argumentou que estas prisões foram injustas e se referiu às investigações como uma piada, afirmando: "Golpe agora não se dá mais com tanque, se dá com táxi. É uma piada essa PF do Alexandre de Moraes."
O ex-presidente e mais 36 pessoas, a maioria militares, estão sendo indiciados por crimes como tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. Durante a live, Bolsonaro também abordou outros assuntos, como a eleição de Donald Trump nos EUA e sua derrota nas urnas no Nordeste.
Um Plano Arrebatador e Coisas Sombrio
De acordo com investigações da PF, o plano para manter Bolsonaro no poder incluía medidas extremas, como assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. O planejamento, que foi arquivado sob o nome "Punhal verde amarelo", teria sido preparado no Palácio do Planalto pelo general Mário Fernandes, que no dia 16 de dezembro de 2023 fez cópias do documento e preparava uma reunião com outros envolvidos.
O ex-presidente negou qualquer conluio com as tropas ou intenção de desestabilizar o Estado democrático. Em sua defesa, alega não ter compactuado com ações que destruam as instituições democráticas. Contudo, a situação se complica para ele, pois há indícios de que durante seu governo foram promovidos debates sobre a possibilidade de decretar estado de sítio no país.
Os militares presos, conhecidos como "kids pretos", utilizavam seu conhecimento técnico para supostamente planejar ações ilícitas durante a transição de poder entre o governo anterior e o atual. Essa ligação entre as Forças Armadas e a tentativa de golpe torna a investigação ainda mais delicada, levantando questionamentos sobre a lealdade das instituições militares ao novo governo.
À medida que novas revelações continuam a surgir, as tensões políticas no Brasil permanecem elevadas, colocando Bolsonaro em uma posição ainda mais desconfortável e garantindo que este caso continue a ser um tema quente nos próximos meses.