A Argentina está passando por um período crítico de alto consumo de energia, exacerbado pelas temperaturas extremas de calor, e, numa demonstração de solidariedade regional, o Brasil tem sido um aliado fundamental na prevenção de um apagão massivo. Em fevereiro deste ano, a Argentina importou, em média, impressionantes 700 MW (megawatts) de eletricidade brasileira, segundo informações da Folha de S. Paulo.

Esse volume de energia representa um aumento impressionante de 121% em relação ao mesmo mês do ano passado e um crescimento de 99% comparado a janeiro. Especialistas do Ministério de Minas e Energia do Brasil destacam que essa eletricidade exportada deve corresponder a cerca de 5% do consumo total energético da Argentina, crucial para a estabilidade do sistema elétrico do país vizinho.

A crise energética na Argentina ocorre em um contexto desafiador, com o novo presidente Javier Milei considerando a possibilidade de deixar o Acordo de Paris, ao mesmo tempo em que o país enfrenta fenômenos climáticos extremos, como tempestades violentas e enchentes devastadoras. A situação se torna ainda mais alarmante ao considerar o aumento da demanda por eletricidade durante os meses de calor intenso.

Além disso, a colaboração entre Brasil e Argentina poderia abrir portas para futuras iniciativas em energia renovável, ressaltando a importância de um trabalho conjunto para enfrentar os desafios climáticos que afetam a região. A dependência de suprimentos elétricos entre os dois países pode, assim, incentivar um diálogo mais profundo sobre políticas de sustentabilidade e segurança energética.

Portanto, enquanto o Brasil desempenha um papel vital em mitigar a crise energética na Argentina, o futuro da cooperação energética entre os países da América do Sul se mostra promissor diante das adoções de estratégias mais sustentáveis.