Saúde

Chocante: Pressão Alta pode Destruir sua Fertilidade desde a Juventude!

2025-03-28

Autor: Lucas

A Pesquisa Inovadora

Uma pesquisa inovadora realizada pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) revela uma ligação alarmante entre a hipertensão arterial e a qualidade do sêmen, destacando impactos prejudiciais desde a juventude. O estudo, liderado pelo professor Stephen Rodrigues, apontou que mesmo os medicamentos utilizados para controlar a pressão arterial podem não ser suficientes para reverter esses efeitos devastadores.

Impactos Precoce da Hipertensão

Os pesquisadores observaram que alterações significativas, como a diminuição da concentração de espermatozoides e danos ao acrossoma - uma estrutura vital para a penetração do espermatozoide no óvulo - podem ocorrer precocemente na vida de homens jovens, com idades equivalentes a apenas 18 anos humanos. E o pior: esses danos parecem ser irreversíveis, levando a sérios desafios para a saúde reprodutiva masculina ao longo da vida.

Evidências em Estudos de Ratos

Os estudos em ratos hipertensos mostraram que, após até mesmo breves períodos de hipertensão, os impactos permanecem durante toda a fase reprodutiva. "Esses resultados evidenciam que a hipertensão arterial possui consequências reprodutivas que se instalam precocemente e se estendem pela fase adulta. A exposição a níveis elevados de pressão arterial, mesmo por curtos períodos, já é suficiente para provocar danos permanentes", afirmou o professor Rodrigues.

Tratamentos em Estudo

Os pesquisadores testaram diversos anti-hipertensivos e descobriram que nem todos são igualmente eficazes. Enquanto a losartana, comumente prescrita, não conseguiu reverter as alterações no sêmen, a prazosina, que bloqueia os receptores alfa-adrenérgicos, demonstrou tanto redução da pressão arterial quanto uma recuperação parcial da saúde dos espermatozoides.

Combinação de Tratamentos

"Este achado indica que simplesmente controlar a pressão arterial não é o bastante para garantir a saúde reprodutiva. A combinação de medicamentos que reduzem a pressão com aqueles que preservam a função reprodutiva pode representar um caminho promissor", explicou Rodrigues.

Novas Fronteiras na Pesquisa

O grupo de pesquisa planeja aprofundar o estudo sobre como a hipertensão e os tratamentos anti-hipertensivos impactam o epidídimo, onde os espermatozoides são armazenados antes da ejaculação. Eles também estão interessados em avaliar como a atividade física pode melhorar a qualidade do sêmen e a microcirculação testicular.

Intervenções Não Medicais

"Nosso objetivo é entender se intervenções que não envolvem medicamentos, como o exercício físico, podem proporcionar benefícios semelhantes aos dos tratamentos farmacológicos, promovendo melhorias na saúde reprodutiva de forma natural", ressaltou o professor do ICB.

Importância da Pesquisa

Este estudo vem à tona em um momento crítico, visto que a hipertensão é uma condição que afeta milhões de brasileiros e pessoas ao redor do mundo. Alarmantemente, nos últimos 50 anos, observou-se uma redução de quase 50% na contagem de espermatozoides, tanto em indivíduos hipertensos quanto na população geral. As causas dessa tendência ainda não estão claras, mas ela levanta questões sérias sobre a futura reprodução humana.

Conclusão

A pesquisa ressalta a importância de se estudar os efeitos sistemáticos da hipertensão arterial e sua relação com a saúde reprodutiva. Cada novo estudo contribui para a compreensão e possíveis estratégias para reverter ou impedir o agravamento dessa condição.

Acesse o Artigo Completo

Para mais detalhes, acesse o artigo completo em: www.nature.com/articles/s41598-024-77661-7.