Em uma medida polêmica, o grupo terrorista Talibã anunciou que vai proibir a publicação de imagens de seres vivos na imprensa do Afeganistão. Desde que assumiu o poder em 2021, o regime tem implementado restrições cada vez mais rigorosas à liberdade de expressão, sendo esta a mais recente de uma série de ações que visam controlar a informação disseminada no país.

O decreto, que faz parte de um pacote de 35 artigos de legislação, impõe uma série de limitações à mídia e será introduzido de maneira gradual. Segundo o porta-voz do governo, a justificativa para essa proibição está alinhada à interpretação estrita da lei islâmica, alegando que representações de seres vivos vão contra seus preceitos religiosos. O regime enfatizou que esta decisão é uma orientação e não uma imposição imediata.

A medida tem gerado grande controvérsia e indignação não apenas entre os jornalistas afegãos, mas também na comunidade internacional, que já expressou preocupação com o crescente cerceamento da liberdade de imprensa no Afeganistão.

Além disso, especialistas alertam que tais restrições podem ter um impacto profundo na cobertura de eventos cruciais, como desastres naturais, crises de saúde pública e questões sociais, tornando mais difícil para a população ter acesso a informação vital. A proibição pode também incentivar uma cultura de silêncio, na qual a auto-censura se torna a norma. Como o Talibã continua a consolidar seu poder, a liberdade de expressão e de imprensa nos Afeganistão enfrenta um futuro sombrio.