Uma história incrível de sobrevivência e amor: Marisa, uma mãe texana, passou por uma experiência quase mortal durante o parto de suas trigêmeas. Enquanto médicos realizavam manobras de ressuscitação devido a uma hemorragia severa, ela foi considerada 'clinicamente morta'. O anestesista Ricardo Mora e a especialista em medicina fetal Amber Samuel lutaram contra o tempo para salvar tanto a mãe quanto os bebês.

Para controlar a situação crítica, Marisa foi conectada a uma máquina de ECMO, um aparelho que assumiu as funções de seu coração e pulmões. O cirurgião torácico e cardiovascular Stephen Maniscalco descreveu a gravidade da situação, revelando que Marisa havia perdido quase todo o volume de sangue. "Nela, todo o sangue foi substituído; ela esteve clinicamente morta por 45 minutos", afirmou o anestesista.

No meio de tudo isso, a gravidez de Marisa já enfrentava complicações. Após injeções hormonais, ela descobriu que estava esperando trigêmeas, mas também havia um quarto bebê que não sobreviveu. Este bebê estava 'roubando' sangue de uma das irmãs, colocando a saúde dos outros em risco. Para preservar as vidas das trigêmeas, os médicos realizaram uma cirurgia para remover o feto falecido.

A recuperação de Marisa foi longa e cheia de incertezas. Após uma semana sedada na UTI e conectada à ECMO, sinais de melhora começaram a aparecer. Embora inicialmente se sentisse confusa e achasse que tudo era um sonho, aos poucos ela percebeu que tinha dado à luz suas filhas. "A dor que senti me fez acreditar que era tudo real. Foi o primeiro pensamento coerente que lembrei de ter", contou Marisa.

Entretanto, o vínculo entre mãe e filhas não foi imediato. Marisa se recorda de sentir que não conhecia aquelas bebês e de sua confusão ao olhar para elas. Os enfermeiros, cientes da importância do contato inicial, colocaram as bebês sobre o peito de Marisa quando ela estava na UTI, permitindo que elas sentissem o cheiro da mãe e criassem uma conexão.

Depois que Marisa recebeu alta da UTI e voltou para casa, a família passou por um período de adaptação. Ela precisou de tempo para se recuperar completamente antes de cuidar das trigêmeas, que ainda estavam internadas ganhando peso. Com amor e apoio, a família finalmente se reuniu, proporcionando a Marisa a oportunidade de experimentar a maternidade plena.

Além de ser uma história de sobrevivência e superação, o caso de Marisa também destaca a seriedade da embolia amniótica, uma complicação rara e grave que pode ocorrer durante o parto. Esta condição afeta uma em cada 100 mil gestantes e acontece quando o líquido amniótico entra na corrente sanguínea da mãe, causando obstruções e hemorragias que colocam em risco a vida de mãe e bebê. Enquanto nenhuma gestante pode prever esse evento, fatores como ganho excessivo de peso, hipertensão e diabetes gestacional podem aumentar o risco.

Após este episódio chocante, Marisa e suas trigêmeas estão agora em casa, desfrutando momentos preciosos juntas, mostrando que, apesar das adversidades, o amor e a força sempre prevalecem.