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Crise na Venezuela: Segundo manifestante morre sob custódia após protestos contra Maduro

2024-12-14

Autor: Ana

A situação na Venezuela continua a se agravar com o falecimento de um segundo manifestante detido, identificado como José Álvarez. Seu estado físico foi descrito como "irreconhecível" após a família ver fotos que mostram um homem emaciado, com barba e evidentes sinais de violência. Os funcionários da prisão de Tocuyito inicialmente negaram a morte, complicando ainda mais o já delicado processo de liberação do corpo para a família.

Desde o início dos protestos contra o governo de Nicolás Maduro, que começaram após sua controversa reeleição para um terceiro mandato em julho, a violência se intensificou, resultando em pelo menos 27 mortes e cerca de 200 feridos, segundo números oficiais. O primeiro a morrer sob custódia foi Jesús Manuel Martínez, de 36 anos, que era membro do partido da opositora Maria Corina Machado.

De acordo com a ONG Foro Penal, que monitora a situação dos direitos humanos no país, mais de 2.400 pessoas foram detidas durante esses protestos. As autoridades locais admitiram a libertação de cerca de 300 detidos, mas a ONG aponta que apenas 208 foram oficialmente documentados, incluindo adolescentes.

Denúncias de tortura e maus-tratos nas prisões são alarmantes. Familiares de detentos afirmaram que muitos sofreram torturas, privação de alimentos e condições desumanas. "Meu pai era saudável e não tinha problemas. Ele foi brutalmente punido nesse lugar apenas por estar com fome. Qualquer reclamação resultava em isolamento e agressão física", desabafou Álvarez Jr, filho de José.

O clima de tensão no país alimenta um sentimento crescente de indignação, tanto dentro quanto fora da Venezuela. Enquanto grupos de oposição continuam a se mobilizar, a comunidade internacional mantém-se atenta às violências que afligem a população venezuelana. A mãe de Álvarez, que também está presa, gera ainda mais preocupação e clamor por liberdade entre os familiares dos detidos.

À medida que a crise se intensifica, muitos se perguntam: qual será o próximo passo do governo de Maduro?