Durante uma sessão no Supremo Tribunal Federal, o defensor do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), Paulo Renato Garcia Cintra Pinto, minimizou as evidências apresentadas pela Polícia Federal (PF), afirmando que os elementos que ligam seu cliente a ataques contra a urna eletrônica se resumem a apenas três documentos. Ele argumentou: "Esses arquivos não apresentam nada de inédito ou criativo". A Primeira Turma do STF está, nesta terça-feira (25), discutindo a admissibilidade da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, Ramagem e mais seis pessoas envolvidas em uma suposta trama golpista.

As acusações da PF envolvem a alegação de que Ramagem teve papel ativo no planejamento inicial do golpe. De acordo com os investigadores, o ex-diretor da Abin aconselhou Bolsonaro a intensificar ataques às urnas. Um dos documentos apreendidos pela PF revela que Ramagem compartilhava suas crenças sobre a suposta fraude nas eleições de 2018, mantendo a certeza de que houve irregularidades que garantiram a vitória do adversário ao governo federal.

Além disso, Ramagem também estava por trás de uma sugestão para a formação de um grupo que investigasse a urna eletrônica, atuando em parceria com o major Angelo Denicoli, conhecido por disseminar desinformações acerca das eleições. A PF conseguiu interceptar mensagens entre funcionários da Abin que indicam uma ordem direta para investigar a empresa Positivo, responsável pelo fornecimento das urnas, com intuito de investigar supostas interferências na eleição.

Os desdobramentos das investigações trouxeram à tona um documento elaborado por Ramagem, onde constavam informações inverídicas sobre os ministros Luiz Fux e Luis Roberto Barroso, informações essas obtidas através de membros da chamada Abin Paralela. É importante destacar que esses dois indivíduos, o policial federal Marcelo Bomervet e o subtenente Giancarlo Gomes Rodrigues, não apenas coletavam dados enganosos, mas também alimentavam perfis nas redes sociais com narrativas que visavam desacreditar o sistema eleitoral.

Essas revelações estão gerando uma repercussão intensa na sociedade e nas redes sociais, acendendo debates sobre a integridade do processo eleitoral brasileiro. O que mais será revelado nesses desdobramentos? Acompanhe para não perder nenhuma atualização!