Recentemente, o cenário geopolítico no Oriente Médio tem se tornado cada vez mais tenso, especialmente após declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que disse não apoiar um ataque israelense contra as instalações nucleares do Irã. Com isso, a atenção internacional se volta para as principais usinas nucleares iranianas, que são vistas como possíveis alvos em um conflito. Aqui, apresentamos as principais instalações nucleares do Irã e seus potenciais impactos na segurança regional.

1. Usina de Bushehr:

Localizada no sul do Irã, a usina de Bushehr é a única usina nuclear operacional do país. Em 2021, sofreu um desligamento emergencial, levantando preocupações sobre a segurança e a manutenção da instalação. A usina, construída com tecnologia russa, é uma peça central no programa nuclear do Irã, embora as autoridades iranianas afirmem que é destinada apenas à geração de energia.

2. Complexo de Natanz:

A instalação de Natanz é crucial para o programa de enriquecimento de urânio do Irã. Situada em uma planície ao lado de montanhas, possui uma planta de enriquecimento subterrânea. Desde que foi exposta em 2002, Natanz tem sido um ponto focal de tensão entre o Irã e a comunidade internacional. A planta é capaz de enriquecer urânio a níveis de até 60%, um indicador alarmante para a produção de armas nucleares.

3. Instalções de Fordow:

Escondida em uma montanha perto de Qom, Fordow é ainda mais protegida contra ataques aéreos. Operando atualmente com mais de 1.000 centrífugas, essa instalação tem enfrentado crescente vigilância e preocupações por parte da comunidade internacional, pois o Irã começou a enriquecer urânio a níveis que se aproximam dos necessários para armamento nuclear. A construção secreta de Fordow foi revelada em 2009, aumentando as desconfianças sobre as intenções nucleares do país.

4. Centro de Isfahan:

Este centro, localizado na segunda maior cidade do Irã, Isfahan, abriga capacidades essenciais como a produção de placas de combustível nuclear e a conversão de urânio. Equipamentos nesta localização podem ser utilizados para processar urânio em níveis críticos, o que contribui para ainda mais incertezas em relação ao real propósito do programa nuclear iraniano.

5. Reator de Khondab:

Originalmente conhecido como Arak, este reator de água pesada tem sido uma preocupação pertinente em termos de proliferação nuclear, uma vez que poderia produzir plutônio, uma alternativa ao urânio enriquecido para a construção de armas nucleares. Apesar de o reator ter sido redesenhado sob acordos internacionais, o Irã indicou a possibilidade de ativar este reator em 2026, o que poderia reascender as tensões na região.

Com o aumento do programa nuclear do Irã, que inclui o enriquecimento de urânio a níveis alarmantes, a possibilidade de um confronto militar se torna mais palpável. A vigilância internacional e as discussões sobre sanções e acordos terão um papel fundamental na busca por uma solução pacífica para as crescentes tensões sobre a energia nuclear iraniana. Enquanto isso, as nações vizinhas, incluindo Israel, permanecem atentas e preocupadas com as potenciais capacidades militares que o Irã pode desenvolver.