A complexidade de superar um ex-parceiro é um tema que gera muitas dúvidas e especulações. A maneira como cada um lida com o fim de um relacionamento é única e, muitas vezes, os sentimentos permanecem por muito tempo, com alguns levando quase uma década para superar completamente.

Sigmund Freud afirmou que "não importa o que possa preencher a lacuna, mesmo que seja completamente preenchida, ela continua sendo outra coisa". Essa afirmação reflete a visão psicológica sobre luto e a dificuldade de desligar-se emocionalmente. A pergunta que persiste é: é realmente possível eliminar todos os laços emocionais com um ex e quanto tempo isso pode levar?

Pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign conduziram um estudo recente, publicado na revista Social Psychological and Personality Science, em busca de respostas para essa questão intrigante.

Os resultados trouxeram à tona dados reveladores: em média, leva aproximadamente 4,18 anos para que um vínculo emocional com um ex comece a se dissipar. No entanto, essa duração pode variar muito entre os indivíduos. Em um cenário ideal, o laço emocional tende a desaparecer completamente em cerca de 8 anos.

Interessante é que, por mais que o tempo passe, algumas pessoas ainda mantêm um apego mais forte ao ex do que a um estranho. Os cientistas acreditam que existe um pequeno grupo que nunca realmente supera esses sentimentos, o que pode estar ligado a fatores como o tempo de relacionamento e experiências compartilhadas.

A pesquisa envolveu 328 voluntários, com a maioria tendo aproximadamente 30 anos e 57% sendo mulheres. Eles participaram ao atender a critérios específicos: tinham que ter tido um relacionamento romântico que durou mais de dois anos e que já tivesse terminado. A média de duração dos relacionamentos analisados foi de 4,6 anos.

Os participantes responderam a um questionário que incluía perguntas sobre seu apego emocional ao ex-parceiro, bem como sobre suas interações atuais. A metodologia do estudo também comparou o vínculo com o ex com o apego a um estranho, oferecendo uma base para entender as diferenças emocionais.

O estudo iluminou outros fatores que influenciam o tempo de superação: ter um novo relacionamento ou o gênero da pessoa não parece ter um impacto significativo. Contudo, o contato contínuo com o ex é crucial, já que a interação mantém vivos os sentimentos remanescentes.

Uma descoberta surpreendente é que, em casos onde há filhos envolvidos, os laços podem ser mais fortes no começo, mas o apego emocional tende a diminuir mais rapidamente com o tempo em comparação com ex-parceiros sem filhos.

Em resumo, o processo de superação é extremamente subjetivo e varia de pessoa para pessoa. Porém, o importante é saber que, com o tempo e a falta de contato, é totalmente possível seguir em frente e encontrar novos caminhos emocionais.