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Dólar despenca mais de 1% e alcança R$ 6,04 em dia de mercados fechados nos EUA

2025-01-09

Autor: Matheus

O dólar sofreu uma queda acentuada de mais de 1% nesta quinta-feira, fechando abaixo de 6,05 reais, em um dia de baixa liquidez devido ao fechamento dos mercados norte-americanos em função do funeral do ex-presidente Jimmy Carter. Essa situação levou os investidores a ajustarem os preços, removendo parte dos excessos observados no final de 2024, em um cenário de menor atividade em solo brasileiro.

Com a chegada de 2025, o olhar dos investidores se voltou cada vez mais para o cenário internacional, principalmente com a posse do novo governo de Donald Trump nos EUA, marcada para 20 de janeiro.

No fechamento, a cotação do dólar à vista foi de R$ 6,0431, representando uma queda de 1,10%. Às 17h02, o contrato futuro para fevereiro do dólar, que é o mais líquido atualmente, recuava 0,87%, cotado a R$ 6,0775. O volume negociado foi de apenas 175 mil contratos, bem abaixo das médias em dias normais.

Cotação do Dólar

Na cotação comercial, o dólar foi negociado a: Compra: R$ 6,043 Venda: R$ 6,043

Para o turismo, as cotações foram: Compra: R$ 6,148 Venda: R$ 6,328

O fechamento da bolsa norte-americana trouxe um impacto de volatilidade adicional ao mercado brasileiro, amplificando as oscilações, especialmente pela diminuição da liquidez. Inicialmente, o aumento do dólar no exterior teve efeito sobre o câmbio local, mas rapidamente o movimento de ajuste nos preços tomou conta, com o mercado eliminando exageros nas cotações tanto no câmbio quanto nos DIs (Depósitos Interfinanceiros).

Durante o dia, o dólar alcançou uma máxima de R$ 6,1233 (+0,21%) às 9h31, mas chegou a marcar uma mínima de R$ 6,0377 (-1,19%) às 16h10, o que gerou discussões entre os analistas de mercado.

"Se os dados de emprego ou inflação nos EUA não forem tão positivos como esperado, ou caso o presidente eleito, Trump, não siga com as elevações de tarifas, podemos ver uma correção no dólar para níveis entre 106 e 105", comentou José Faria Júnior, diretor da consultoria Wagner Investimentos. Essa análise refere-se ao índice de dólar, que mede a moeda em relação a uma cesta de divisas fortes.

Adicionalmente, para o Brasil, uma possível valorização do real poderia levar a um novo patamar de R$ 5,90 para o dólar, desde que não surjam notícias negativas na economia local.

Entretanto, a expectativa de tarifas mais elevadas sob produtos importados, assim como a percepção de que isso poderá aumentar a inflação e juros nos Estados Unidos, vem empurrando o dólar para cima em um cenário mundial. Às 17h09, o índice do dólar – que mede seu desempenho frente a seis moedas – subia 0,12%, alcançando 109,150.

Vale destacar que pela manhã, o Banco Central do Brasil vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional, uma operação comum utilizada para a rolagem de vencimento, com data para 3 de fevereiro de 2025.

O que mais pode influenciar o dólar e a economia brasileira nos próximos dias? Acompanhe nossas atualizações!