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Dólar despenca para R$ 5,96 após avanço do pacote fiscal na Câmara; O que vem a seguir?

2024-12-05

Autor: Matheus

Nesta quinta-feira (5), o dólar comercial registrou uma expressiva queda em relação ao real, sendo cotado a R$ 5,96. Essa movimentação reflete não só a tendência de desvalorização da moeda americana em mercados emergentes, mas também a recente aprovação de medidas fiscais pelo governo brasileiro.

Na véspera, a Câmara dos Deputados deu um passo importante ao aprovar o regime de urgência para duas propostas que fazem parte do pacote fiscal do governo. Essa aprovação acelera a tramitação das propostas, removendo barreiras de prazos que poderiam atrasar a implementação das novas políticas. O pacote fiscal busca promover uma economia estimada em R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, mas ainda há dúvidas no mercado sobre a efetividade dessa medida, especialmente após a vinculação desse pacote à reforma do Imposto de Renda, o que gerou certa apreensão entre os investidores sobre a responsabilidade fiscal do governo.

Às 11h55, o dólar à vista tinha baixado 1,43%, sendo negociado a R$ 5,961 na compra e R$ 5,962 na venda. No mercado futuros da B3, a negociação do dólar para o primeiro vencimento apresentava uma queda de 1,35%, aos 5.980 pontos. Isso é um alívio após o dólar ter fechado a quarta-feira a R$ 6,0469, um recuo que segue um pico histórico recente de R$ 6,0652.

O Banco Central do Brasil planejou um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial nesta sessão, o que pode ajudar a estabilizar o mercado em meio a essas flutuações.

Os números de emprego dos Estados Unidos, divulgados recentemente, também impactam nas cotações. O relatório ADP mostrou a criação de 146.000 novas vagas no setor privado em novembro, com uma revisão para baixo das expectativas para outubro. Enquanto isso, os pedidos iniciais de seguro-desemprego superaram as previsões, atingindo 224 mil esta semana.

O movimento do dólar reflete um cenário internacional, onde os investidores estão avaliando indicadores de uma desaceleração gradual na economia dos EUA, o que pode levar a um afrouxamento monetário pelo Federal Reserve.

Agora, a grande pergunta é: como esse ambiente afetará a economia brasileira e o dia a dia do consumidor? Com os investidores cautelosos e o governo buscando implementar mudanças significativas, fica a expectativa para os próximos passos do mercado.