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'É IMPOSSÍVEL que a China comunista se torne nossa pátria', declara líder de Taiwan em discurso contundente

2024-10-07

Autor: Mariana

Em um discurso recente, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, ressaltou de forma clara e direta a complexa relação entre sua nação e a China comunista, afirmando que "é absolutamente impossível que a China comunista se torne a pátria mãe de Taiwan". Esta declaração surge em resposta à incessante reivindicação do Partido Comunista Chinês (PCC) pela 'reunificação' de Taiwan com a China continental.

A Luta de Taiwan pela Soberania

A história de Taiwan é marcada por uma trajetória única. A Repúbica da China (ROC) foi estabelecida em 1912, após a queda da última dinastia imperial da China, a Qing. Naquela época, Taiwan estava sob domínio japonês (uma situação que durou até 1945), quando passou a ser sob controle da ROC após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial. Este histórico distinto é a base das reivindicações de soberania da ilha diante da pressão da China.

Desde que assumiu a presidência em maio de 2024, Lai Ching-te tem enfrentado constante tensão com Pequim, promovendo uma firme defesa da independência de Taiwan. O PCC nunca controlou efetivamente a ilha, mas assegura que está disposto a usar a força, se necessário, para garantir a 'reunificação'. Essa perspectiva é amplamente rejeitada pela população de Taiwan, que se identifica como taiwanesa e não chinesa, refletindo um sentido de identidade nacional que se fortalece a cada dia.

A Intensificação da Pressão Chinesa

Nos últimos anos, sob a liderança de Xi Jinping, China intensificou as pressões sobre Taiwan, com um aumento na retórica agressiva e nas manobras militares ao redor da ilha. Essa situação delicada faz com que Lai destaca a importância da particularidade histórica e política de Taiwan como um argumento sólido para a defesa da soberania e independência da ilha. Isso levou a comunidade internacional a observar atentamente as ações de ambos os lados, enquanto muitos temem um possível conflito militar na região.

Por Que Taiwan Não Aceita a Reunificação?

Os fatores históricos e políticos são cruciais para o argumento de independência de Taiwan. Após o domínio da dinastia Qing e o período de colonização japonesa, Taiwan se tornou um forte bastião da República da China após o governo nacionalista ter se refugiado na ilha em 1949, em fuga das forças de Mao Tsé-Tung. A sequência de eventos moldou a identidade única de Taiwan, que opera de maneira autônoma da China continental há mais de sete décadas.

Para muitos taiwaneses, essa trajetória independente é motivo de orgulho e uma razão fundamental para resistir às pressões por reunificação. As manifestações de apoio à independência têm se tornado cada vez mais visíveis, com um número crescente de jovens se identificando fortemente como taiwaneses, o que demonstra um afastamento das influências chinesas.

A Visão do Governo Chinês

No círculo do governo chinês, Taiwan é considerada uma parte inalienável da China. Desde a criação da República Popular da China (RPC) em 1949, sucessivos líderes chineses prometeram restabelecer o controle sobre a ilha. Em diversos discursos, Xi Jinping repetidamente afirma que a reunificação é inevitável, referindo-se a Taiwan como um "território sagrado da China", utilizando laços culturais e de sangue como justificativas para suas reivindicações.

Perspectivas Futuras

Diante desse contexto, a comunidade internacional continua a prestar atenção às movimentações em Taiwan e as reações do PCC. A tensão entre Taiwan e China comunista está longe de ser resolvida, e os próximos meses podem ser decisivos para o futuro da ilha e suas relações com Pequim. O que os taiwaneses farão a seguir e como o mundo reagirá às suas ações ainda estão em aberto, mas uma coisa é certa: a defesa da identidade e independência taiwanesa está nas mãos de seus cidadãos, e eles não têm medo de levantar suas vozes.