Um caso chocante de falsificação de atestados médicos está gerando polêmica na cidade de Maceió, após a Secretaria de Saúde de Satuba entrar em contato com uma médica para confirmar a autenticidade de três atestados apresentados por funcionárias da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro.

A médica, que preferiu não ser identificada, registrou um Boletim de Ocorrência revelando que pessoas desconhecidas utilizaram seu carimbo médico e assinaram documentos fraudulentos sem sua autorização. O carimbo foi extraviado durante seu horário de trabalho e devolvido sem que ela percebesse, levantando preocupações sobre a segurança dos documentos médicos na unidade de saúde.

Na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que duas técnicas de enfermagem foram demitidas por justa causa após a descoberta da fraude. As funcionárias apresentaram atestados que, embora assinados e carimbados com o nome e o número do Conselho Regional de Medicina (CRM) da médica, mostravam caligrafias distintas. Além disso, as datas dos atestados não correspondiam àqueles em que a médica estava de plantão, o que evidenciou a irregularidade.

A médica acredita que podem existir outros documentos falsificados utilizando seu nome e está pedindo uma investigação abrangente. A Direção da UPA Tabuleiro do Martins confirmou a demissão das funcionárias e disse que a Coordenação de Recursos Humanos está avaliando outros atestados emitidos anteriormente para verificar se mais fraudes foram cometidas.

Esse incidente lança luz sobre um problema sério na segurança da documentação médica, levantando questões sobre como proteger a integridade das assinaturas e carimbos. Além disso, a situação vem suscitar discussões sobre a necessidade de um sistema de verificação mais rigoroso para atestados e documentos médicos para prevenir abusos semelhantes no futuro.

A UPA já está implementando medidas para fortalecer a segurança dos documentos, e espera que as investigações ajudem a esclarecer esse lamentável episódio, lembrando a todos a importância de denúncias e a vigilância em ambientes profissionais de saúde. Será que esse é apenas o começo de uma série de fraudes na saúde pública? Fique atento.