Escândalo em Unidade de Saúde: Médico Acusado de Assédio Sexual Arrepia a Comunidade
2024-12-14
Autor: Matheus
Na manhã desta sexta-feira (13/12), profissionais da Unidade Básica de Saúde 5, localizada no Gama, se uniram em um protesto chocante para expor casos alarmantes de assédio sexual e moral supostamente perpetrados por um médico da unidade. A administração local já havia recebido diversos relatos, mas, segundo os servidores, nenhuma ação concreta foi tomada até agora.
Em um ano marcado por indignação, duas enfermeiras foram vítimas de assédio sexual pelo médico Octavio Milton Saquicela Siguenza, de 65 anos, que trabalha na UBS como médico da família e da comunidade desde 2006. Uma das denunciante, que prefere permanecer anônima, se afastou em outubro, temendo represálias.
As enfermeiras testemunharam que Octavio, conhecido por seu temperamento difícil e por suas conexões influentes na Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), começou com comentários insinuantes antes de escalar para ameaças físicas. Um relato angustiante trouxe à tona a severidade das suas ações: o médico teria arrancado a blusa de uma enfermeira, e em outra ocasião, a puxou de maneira agressiva pelo braço.
As denúncias incluem não apenas assédio verbal, mas também tentativas de invasão de privacidade, como o envio de presentes e a publicação de imagens com conotação negativa nas redes sociais. Uma das vítimas descreveu um episódio em que, durante um surto de gripe, foi constrangida quando o médico levantou sua blusa sem consentimento.
Outro caso grave, ainda sem denúncia formal, revela que Octavio teria tentado levar a boca aos seios de outra funcionária. O medo de represálias impede muitas das vítimas de se pronunciarem publicamente.
Essas situações alarmantes têm gerado um estranhamento significativo na relação da enfermeira que fez a denúncia com a administração da UBS. Ela relatou sofrer uma campanha de difamação por parte do médico, que a acusou de tentar assumir seu lugar na equipe. Além disso, a enfermeira foi informada em outubro que seria transferida para outra unidade devido a "problemas interpessoais", uma decisão que ela considera abrupta e injusta.
O protesto em frente à UBS 5 contou com apoio de profissionais de saúde da Região Sul, solidários às enfermeiras vítimas de assédio. Uma gerente de serviço, que também se manifestou contra as atitudes de Octavio, sofreu ameaças na forma de pressão para demissão de funcionários após se posicionar publicamente.
Em resposta ao clamor da comunidade, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tentou minimizar o escândalo, afirmando que a transferência da enfermeira foi um consenso e que o médico foi realocado temporariamente até o fim da investigação. Porém, a enfermeira desmente essa versão, alegando que Octavio ainda continua atuando na unidade graças a um atestado médico.
A reportagem tentou contato com o médico e a SES-DF, mas, até o fechamento desta matéria, não obtivemos resposta. Este triste caso evidencia a necessidade urgente de uma resposta mais eficaz contra o assédio no ambiente de trabalho e a proteção das vítimas em situações de abuso. O que mais será revelado neste tenso cenário? A comunidade clama por justiça!