Nação

Estagiária demitida por racismo durante jogos universitários gera revolta e movimentos por mudanças

2024-11-18

Autor: Maria

Um episódio lamentável ocorreu em um jogo de handebol universitário em Americana, São Paulo, quando Tatiane Joseph Khoury, estagiária de um escritório de advocacia, foi demitida após ser acusada de praticar atos racistas contra estudantes cotistas da USP. Por meio de um comunicado, a empresa informou que repudia qualquer forma de preconceito e que Tatiane não faz mais parte da equipe.

As ofensas começaram quando torcedores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) direcionaram ataques verbais, usando termos pejorativos como "cotista filho da p***" e fazendo gestos insinuando a situação econômica das vítimas. Esses comportamentos foram documentados em vídeos e fotos por uma "força-tarefa" de estudantes, evidenciando a gravidade do ato de discriminação.

Líderes políticos também se manifestaram. As parlamentares Luana Alves, Letícia Chagas e Sâmia Bomfim, todas do PSOL, registraram uma denúncia no Ministério Público de São Paulo, pedindo a abertura de um inquérito para apurar os atos racistas.

As Faculdades de Direito da USP e da PUC-SP, junto com os centros acadêmicos, emitiram uma nota conjunta repudiando os "lamentáveis episódios" e se comprometendo a investigar os responsáveis. A reitoria da PUC também se manifestou, prometendo apurações rigorosas conforme suas normas internas e a legislação.

Estudos recentes mostram que o racismo ainda é um problema estrutural no Brasil, refletindo as desigualdades sociais que persistem nas universidades. A luta contra essas hostilidades se torna essencial em um contexto acadêmico que deve ser de acolhimento e respeito mútuo.

É crucial que festas e jogos universitários sejam momentos de integração, e que a comunidade acadêmica se una para combater a cultura de violência e intolerância. Universidades de todo o país precisam adotar políticas preventivas e de acolhimento, garantindo que todos os alunos se sintam seguros e respeitados.

Além disso, o fortalecimento de ouvidorias, Educação Antirracista e protocolos de acolhimento são urgentemente necessário. A atuação coletiva é vital para promover um ambiente inclusivo e saudável nas instituições de ensino superior, demonstrando que mudanças efetivas são possíveis e necessárias.