
Estudo revela 13 compostos que podem retardar o envelhecimento do cérebro - Descubra agora!
2025-03-13
Autor: Carolina
Uma pesquisa inovadora, divulgada na última quarta-feira (12) na revista Science Advances, fez uma descoberta revolucionária: foram identificados sete genes fundamentais ligados a um envelhecimento cerebral acelerado. A equipe de pesquisadores, composta por especialistas da China e de Israel, também mapeou 13 compostos ativos, presentes em medicamentos e suplementos, analisados em ensaios clínicos, que têm o potencial de desacelerar esse efeito prejudicial no cérebro.
A pesquisa focou na chamada "lacuna de idade cerebral" (BAG), um biomarcador que avalia a diferença entre a idade cronológica de uma pessoa e a idade biológica do cérebro. Para isso, analisaram amostras de 38.961 indivíduos com idade média de 64 anos, usando dados do banco britânico Biobank e um modelo de inteligência artificial (IA) de aprendizado profundo, chamado 3D-ViT. Esse sistema identificou padrões nas ressonâncias magnéticas que ajudaram a estimar a idade biológica do cérebro.
Os resultados mostraram que os sinais de envelhecimento acelerado estavam mais presentes em duas áreas cerebrais: o núcleo lentiforme, relacionado à cognição, memória e atenção, e a cápsula interna, associada ao processamento de linguagem e pensamento, segundo a NewScientist.
Em total, 64 genes influentes foram analisados, mas a equipe direcionou seu foco em sete genes, notavelmente o MAPT, TNFSF12, GZMB, SIRPB1, GNLY, NMB e C1RL, responsáveis pelo envelhecimento cerebral.
Os 13 compostos identificados como promissores para revertem ou mitigarem seus efeitos são: 1. **Colecalciferol**: Suplemento de vitamina D essencial para a saúde cerebral; 2. **Dasatinibe**: Medicamento utilizado no tratamento de leucemia; 3. **Diclofenaco**: Anti-inflamatório não esteroide que reduz a inflamação; 4. **Doconexent**: Ácido graxo ômega-3 benéfico para a função cerebral; 5. **Estradiol**: Hormônio utilizado na terapia de reposição hormonal; 6. **Hidrocortisona**: Usada no tratamento de condições inflamatórias, incluindo eczema; 7. **Mecamilamina**: Medicamento que controla a pressão arterial; 8. **Nicotina**: Alcaloide que vem sendo explorado em terapias para dependentes do tabaco; 9. **Prasterona**: Ajuda no alívio de desconfortos vaginais na menopausa; 10. **Quercetina**: Potente antioxidante e anti-inflamatório; 11. **Resveratrol**: Antioxidante que pode restaurar a barreira cutânea; 12. **Sirolimus**: Usado para suprimir a imunidade após transplantes; 13. **Testosterona**: Hormônio que influencia o desenvolvimento muscular e comportamental.
Entretanto, é fundamental ressaltar que esses achados não são um incentivo para o uso indiscriminado dessas substâncias. O consumo de medicamentos e suplementos sem supervisão médica pode acarretar riscos à saúde.
Limitações do estudo
Os pesquisadores advertem que os genes identificados podem ser influenciados por uma variedade de fatores ambientais e do estilo de vida. Além de explorar medicamentos, é vital entender como comportamentos como consumo excessivo de álcool e tabagismo contribuem para o declínio cognitivo e o envelhecimento cerebral.
A amostragem do estudo, predominantemente composta por dados do Biobank, pode não ser representativa de todas as populações mundiais. Para conclusões mais abrangentes, é necessário incluir grupos mais diversos, com participantes de diferentes regiões como África, América e Ásia.
Essa pesquisa não só representa um avanço significativo na compreensão do envelhecimento cerebral, mas também abre portas para novas perspectivas em saúde pública e medicina preventiva. Fique atento! Mais descobertas estão por vir e podem mudar a forma como lidamos com o envelhecimento do cérebro.