A energia escura, que se acreditava ser responsável por quase 70% do conteúdo do universo, agora enfrenta um grande desafio. Pesquisadores da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, concluíram em um estudo categórico que essa força enigmática pode não existir. Em um universo que se expande de forma irregular, a expansão não é uniforme e apresenta "altos e baixos" que podem explicar os fenômenos observados no cosmos sem a necessidade de energia escura.

O professor David Wiltshire, líder da pesquisa, afirma que a energia escura é, na verdade, uma má interpretação das variações na energia cinética de expansão do universo. Segundo ele, "A interpretação atual é uma ilusão causada por uma aceleração que, na verdade, não depende da energia escura". Isso levanta questões profundas sobre o que realmente entendemos sobre o universo.

Em lugar do modelo Lambda-CDM, que sugere a existência de uma força antigravitacional fraca atuando sobre o cosmos, a nova investigação defende a teoria da "paisagem temporal". Para Wiltshire e sua equipe, as anomalias no alongamento da luz das supernovas não resultam de uma expansão acelerada, mas sim do modo como mensuramos tempo e distância em diferentes regiões do universo.

Bastidores Reveladores: Análises de dados do projeto Instrumento Espectral de Energia Escura (DESI) também questionam a validade do modelo atual, sugerindo que a energia escura evolui de forma limitada, e apontando para diversas anomalias que desafiam a equação de Friedmann, que assume uma expansão uniforme do universo. Essa nova visão de um universo complexo, composto por galáxias emaranhadas em filamentos e grandes vazios, oferece uma perspectiva sem precedentes sobre a estrutura do cosmos.

O professor Wiltshire enfatiza que, com os dados do século 21, podemos começar a responder como uma lei de expansão média simples pode emergir de uma realidade tão complexa. Ele conclui que "uma lei de expansão que respeita a relatividade geral não precisa seguir a equação de Friedmann". Essa pesquisa promissora foi publicada nas Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters e pode muito bem marcar o início de uma nova era na cosmologia, desafiando o que pensávamos saber sobre a energia escura e a expansão do universo.

Fique atento: A ciência está prestes a nos surpreender novamente com novas revelações e controvérsias no entendimento do cosmos!