Recentemente, a primeira-dama Janja Lula da Silva gerou polêmica durante sua participação no G20, provocando constrangimento entre os membros do governo e irritação entre seus aliados. Em um evento realizado no final da noite, o próprio presidente Lula (PT) alertou a todos para evitarem ofensas: "Não era para meus aliados xingarem ninguém." Essa declaração acendeu um alerta no governo, que frequentemente tenta manter uma postura diplomática e evitar conflitos desnecessários.

A situação se complica ainda mais quando analisamos as recentes declarações de Janja sobre o ataque em Brasília. Enquanto Lula optou por não se pronunciar e deixou aos ministros a responsabilidade de comentar, Janja fez uma piada infeliz ao citar o atentado, referindo-se à situação de uma forma descontraída durante o G20 Talks que organizou: "O que inacreditavelmente aconteceu em Brasília essa semana, e o 'bestão' lá acabou se matando com fogos de artifício." A frase, que provocou risadas na plateia, gerou um alvoroço nas redes sociais e muitos questionam a sensibilidade da primeira-dama diante de um acontecimento trágico.

Além disso, Janja também chamou a atenção quando comentou sobre Elon Musk, durante o evento. Em um momento impulsivo, declarou: "Acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você, inclusive! Fuck you, Elon Musk." O bilionário, que está de olho em novos rumos políticos nos EUA, respondeu de forma sarcástica, afirmando que Lula perderia a próxima eleição. Essa troca de farpas pode criar um ambiente ainda mais tenso, especialmente considerando o futuro político do Brasil.

Ministros e outros membros do governo estão, em privado, questionando a necessidade das falas da primeira-dama. Mesmo com a intenção de ser espontânea, as manifestações de Janja têm trazido apenas repercussão negativa. Sua presença no evento da Aliança Global Contra Fome e Pobreza já havia causado desconforto, uma vez que ela organizou o evento de forma quase autônoma, convidando influenciadores e artistas próximos, sendo apelidada de "Janjapalooza". Isso não só deu a impressão de um evento paralelo, como também deixou muitos se perguntando sobre o foco real da iniciativa.

A situação se torna ainda mais complicada, visto que internamente ministros discutem como abordar Janja sobre seu comportamento, temendo represálias. A maioria dos políticos prefere manter-se longe de conflitos com a esposa do presidente, um tema sensível no Palácio do Planalto, onde se sabe que Janja é o único assunto que Lula considera inviolável.

Durante o evento, Lula rescendeu um tom conciliador, reiterando: "Essa é uma campanha em que não temos que ofender ninguém ou xingar ninguém." Contudo, a gestão goza de um cenário delicado, onde ganhas de apoio surgem como uma necessidade urgente para a manutenção da estabilidade política no Brasil. Enquanto o governo aposta no diálogo, as gafes de Janja continuam a fazer ruído, levantando questões sobre a sensibilidade e direção da comunicação da primeira-dama. O governo, até o momento, optou por não emitir comentários adicionais sobre os incidentes.