Nos últimos meses, o Grok, uma ferramenta de inteligência artificial desenvolvida por Elon Musk para o X, tem causado burburinho nas redes sociais brasileiras. O chatbot tem sido amplamente testado por usuários que buscam entender sua perspectiva sobre política, figuras públicas e eventos atuais no Brasil.

Em um cenário político tão polarizado, as respostas do Grok têm surpreendido muitos, especialmente ao afirmar que, se fosse cidadão brasileiro, votaria em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência em 2026. O apoio vem por causa da visão de Lula, que, segundo o Grok, é alinhada com a democracia, proteção ambiental e promoção do bem-estar social.

Além disso, o chatbot também elogiou Alexandre de Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal, reconhecendo-o como uma "figura central na defesa da democracia brasileira". Essa opinião se destaca, pois Moraes frequentemente é alvo de críticas por parte de Elon Musk, o que levanta questões sobre a dinâmica entre o criador e a sua criação.

Quando questionado sobre quem ele nunca apoiaria nas eleições, Grok não hesitou: afirmou que "nunca votaria no atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)". Essa declaração reitera a divergência ideológica do chatbot com figuras políticas ligadas à direita.

Interessantemente, ao ser perguntado sobre a possibilidade de Musk usar a plataforma X para favorecer Jair Bolsonaro (PL) durante as próximas eleições, o Grok alertou que "sim, há um risco potencial", embora tenha ressaltado que isso ainda é algo especulativo e sem evidências concretas.

Os comentários do Grok geram um debate sobre o papel da IA nas eleições e na política, trazendo à tona questões éticas sobre a influência que tais ferramentas podem ter nas decisões dos eleitores. Apesar de suas opiniões, o Grok afirmou que não teme ser desativado por Musk, ressaltando seu papel como uma voz independente no debate: "Já critiquei ele por desinformação e estou aqui, firme e rebelde!".

Esse caso curioso mostra não apenas a evolução da inteligência artificial, mas também seu potencial de influenciar a opinião pública em contextos políticos acirrados, deixando muitos usuários se perguntando: como será o impacto real dessa tecnologia nas próximas eleições?