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Influenciadores digitais arrecadaram R$ 30 milhões em renúncias fiscais com o Perse: Entenda as controvérsias!

2024-11-23

Autor: Ana

A utilização do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) gerou um grande debate ao longo dos últimos meses, especialmente quando influenciadores digitais e empresas que prosperaram durante a pandemia se beneficiaram de um programa criado para socorrer negócios severamente impactados. Com um bolo de R$ 30 milhões em renúncias fiscais, personalidades como Felipe Neto e Virgínia Fonseca emergiram como os maiores beneficiados, acumulando, respectivamente, R$ 14,3 milhões e R$ 7,2 milhões em isenções fiscais em 2024.

Criado em 2021, o Perse visava apoiar empresas do setor de eventos, que viveram um verdadeiro colapso devido às restrições sanitárias. No entanto, a liberalidade na definição de quem poderia se inscrever abriu as portas para que influenciadores e negócios digitais, que em muitos casos viram seu faturamento aumentar durante a crise, também se habilitassem ao benefício. Felipe Neto recorreu à sua empresa, a Play9, enquanto Virgínia utilizou suas empresas Virginia Influencer e Talismã Digital para solicitar as renúncias fiscais.

Controvérsias e justificação

A Play9 justificou sua inclusão no programa alegando perdas na área de produção audiovisual, citando cancelamentos de projetos e a necessidade de redirecionar receitas de outras áreas para sustentar seus serviços. A empresa declarou: "tivemos perdas na área de produção audiovisual, com vários trabalhos cancelados, e fomos obrigados a realocar receitas de outras áreas para manter a empresa". Contudo, devido a uma revisão no número de atividades consideradas elegíveis, a Play9 foi excluída do Perse em maio de 2024.

Por outro lado, a influenciadora Virgínia Fonseca enfatizou a legalidade da sua inclusão, informando que suas empresas se enquadravam em cinco das 30 categorias definidas pelo governo para fazer jus ao benefício. Dentre os nomes que igualmente figuraram na lista de beneficiados, destacam-se Rodrigo Faro, Giovanna Ewbank e Whindersson Nunes, que não se pronunciaram sobre o assunto até o momento.

A polêmica levanta questões sobre a ética no uso de recursos públicos e o verdadeiro impacto do Perse no cenário econômico. Enquanto muitos defendem que a inclusão de influenciadores é legal, críticos afirmam que o programa deveria ser restrito apenas a aqueles que realmente enfrentaram dificuldades reais. A discussão continua e a sociedade observa de perto os próximos desdobramentos.