Israeli Forces Mobilize in Syria Following Assad Regime Collapse
2024-12-08
Autor: Matheus
O chefe do Estado-Maior Geral de Israel, Herzi Halevi, afirmou que o país liderado por Benjamin Netanyahu está prestes a intervir na Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad. A declaração foi feita no domingo (8/12).
O primeiro-ministro Netanyahu já havia anunciado o deslocamento de tropas para uma área desmilitarizada nas Colinas de Golã, território sírio parcialmente ocupado por Israel desde a década de 1960. Segundo ele, essa ação tem como objetivo garantir a segurança dos cidadãos israelenses na região.
Halevi, ao falar com recrutas, ressaltou que Israel estava atuando em “quatro frentes de batalha” no Oriente Médio, com operações realizadas na Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza e Líbano. "Desde ontem à noite, nossas tropas estão engajadas em operações contra o terrorismo em todas essas regiões", disse Halevi. Ele elogiou a capacidade das tropas israelenses, incluindo suas divisões de infantaria, blindados, engenharia e artilharia, enfatizando a colaboração entre os diferentes ramos das Forças de Defesa de Israel (FDI) e as operações de inteligência.
Na madrugada de domingo, uma base aérea em Damasco foi bombardeada. Embora a responsabilidade não tenha sido oficialmente confirmada, analistas acreditam que Israel está por trás do ataque.
O colapso do regime de Assad é visto como uma vitória estratégica por Netanyahu, que nos últimos meses atacou diretamente dois aliados do ex-presidente sírio: o Hezbollah e o Irã. “Este colapso é o resultado direto de nossas ações contundentes contra o Hezbollah e o Irã, seus principais apoiadores. Isso gerou uma reação em cadeia entre aqueles que desejam se libertar deste regime tirânico”, enfatizou Netanyahu em um comunicado.
A queda de Assad ocorreu rapidamente, em menos de duas semanas, com os rebeldes do Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) avançando sobre posições antes sob controle do regime. Em 27 de novembro, eles uniram forças com outras organizações jihadistas e, sem muita resistência, começaram a controlar amplas áreas do país, marchando em direção à capital, Damasco, que foi capturada em questão de horas.
Enquanto isso, as tensões permanecem elevadas na região, e a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos da situação, temendo novas escaladas de conflito que poderiam envolver diversas partes interessadas na área.