Justiça argentina processa médica brasileira por envolvimento na morte de modelo em queda de prédio
2024-11-27
Autor: Mariana
A médica brasileira Juliana Magalhães Mourão está sendo acusada pela Justiça argentina de abandono de incapaz e coautoria na morte da modelo Emmily após uma queda misteriosa de um apartamento em Buenos Aires. Durante uma audiência sobre o caso, a defesa destacou a relação íntima entre Juliana e o empresário Francisco Sáenz Valiente, principal acusado do caso.
A advogada Raquel Hermida, que representa o pai de Emmily, argumentou que a acusação de homicídio foi necessária para contrabalançar a defesa de Sáenz Valiente, enfatizando que a relação entre os dois era um ponto crucial na investigação. "Juliana não pode ser vista apenas como uma testemunha. A evidência aponta que ela também esteve envolvida na dinâmica do ocorrido e falhou em prestar socorro à vítima”, disse Hermida à imprensa.
O caso teve início na madrugada do incidente, quando, segundo os promotores, o empresário organizou uma reunião em seu apartamento, durante a qual estava em posse de drogas, incluindo cocaína e substâncias alucinógenas. As evidências apontam que Juliana, que estava presente, ajudou a facilitar a presença de outras mulheres no encontro, que tinha características de festa sexual, culminando na morte trágica de Emmily.
As investigações revelaram que Juliana e Francisco continuaram a fornecer drogas e bebidas alcoólicas a Emmily, mesmo quando perceberam que ela estava em um estado crítico de saúde, caracterizado por descontrole e agitação. Embora a queda tenha ocorrido entre 09h e 09h18, a acusação afirma que a assistência médica não foi chamada, levando a uma situação totalmente evitável.
A promotoria apresentou relatos de testemunhas que estavam no apartamento, incluindo outras mulheres que saíram antes da queda de Emmily. Eles relataram que a jovem estava em uma condição mental vulnerável e que a negligência dos acusados contribuiu para a tragédia.
Além disso, o ambiente do apartamento, que estava repleto de conotações sexuais, chamou a atenção da promotoría. Foram encontrados preservativos, brinquedos sexuais e evidências que indicam um comportamento irresponsável por parte dos acusados durante a reunião.
Em uma reviravolta chocante, Hermida sugeriu que a jovem teria sido forçada a consumir drogas, o que a levou a um estado de vulnerabilidade extrema. "Emmily não estava sob efeito de drogas quando chegou ao apartamento. O que aconteceu depois foi uma situação de abuso", afirmou a advogada, levantando preocupações sobre a segurança das mulheres em festas desse tipo.
O empresário Sáenz Valiente foi inicialmente preso por três semanas devido à acusação de feminicídio, mas posteriormente a acusação foi alterada para homicídio culposo, o que levantou debates sobre a gravidade das ações dele e de Juliana. O caso continua a atrair atenção da mídia, e o julgamento promete trazer à tona mais detalhes impactantes sobre o trágico incidente. O que mais será revelado sobre essa festa fatídica? Fique atento!