No trágico incidente ocorrido em Gaza, autoridades locais relataram que um ataque aéreo israelense resultou na morte de cinco jornalistas palestinos em frente ao Hospital Al-Awda, na região central da Faixa de Gaza, na manhã de 26 de dezembro de 2024. Os jornalistas estavam em um veículo de transmissão do canal Al-Quds Today, que descreveu o ataque como um massacre, afirmando que os profissionais estavam cumprindo suas funções Humanitárias e de mídia.

Imagens veiculadas pelas redes sociais mostram os destroços de uma van branca com restos da inscrição 'PRESS' em suas portas, destacando a vulnerabilidade dos jornalistas em zonas de conflito. Segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos, desde o início do conflito em outubro de 2023, mais de 190 jornalistas palestinos perderam suas vidas por conta de ataques israelenses.

Em resposta, o Exército de Israel negou qualquer intenção de atingir jornalistas e disse que o alvo do ataque era um veículo que transportava membros da Jihad Islâmica. Com isso, Israel reafirmou que seus bombardeios têm como foco operações contra terroristas e sempre busca evitar vítimas civis.

Além do ataque que vitimou os jornalistas, outras tragédias ocorreram na mesma região. Médicos do Hospital Al-Awda informaram que, em outro ataque a uma residência no bairro de Zeitoun, em Gaza, oito pessoas foram mortas e cerca de 20 foram feridas. O número de mortos pode aumentar, já que várias pessoas ficaram presas sob os escombros da casa. Apenas nesta quinta-feira, o total de mortos em Gaza subiu para 21, após outro ataque em Sabra.

Enquanto isso, a situação política continua tensa. Na quarta-feira, as partes envolvidas trocaram acusações sobre o colapso das negociações para um cessar-fogo. O Hamas alegou que Israel impôs novas condições, enquanto Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, acusou o grupo de não honrar acordos prévios.

As origens dessa escalada de violência remontam ao massacre em 7 de outubro de 2023, quando um ataque do Hamas ao sul de Israel resultou em 1.200 mortos e o sequestro de 251 pessoas. Desde então, a resposta militar israelense resultou na morte de mais de 45.300 palestinos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, que enfrenta uma severa crise humanitária com milhares de deslocados e um território devastado.

Esses eventos demonstram a gravidade da situação em Gaza, chamando a atenção internacional e levantando questões sobre a proteção de jornalistas e civis em conflitos armados. A cada dia que passa, os estragos são mais evidentes e a necessidade urgente de paz torna-se cada vez mais premente.