Uma grande ação da Polícia Federal (PF) e do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO) foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (24) com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa especializada em roubos de cargas e caminhões que atuava em diversas cidades do estado de São Paulo e em outros estados.

Batizada de 'Operação Hammare', a ação também busca investigar os crimes de desmanche, receptação e lavagem de dinheiro relacionados a esse grupo. De acordo com as autoridades, mais de 50 roubos de caminhões foram documentados entre 2021 e 2024, mostrando a ousadia e a escala das operações da quadrilha.

Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão estão sendo cumpridos em São Paulo, Paraná, Rondônia e Rio Grande do Sul. Até as 08h30 do dia das operações, 16 pessoas já haviam sido presas. Os oficiais também encontraram uma Ferrari e R$ 530 mil em espécie na residência de Fabrício Pimentel Azevedo Silva, suposto líder da organização.

As apreensões ocorreram principalmente em Osasco, Jandira e Guarulhos, na Grande São Paulo. A Justiça determinou o bloqueio de bens e valores totalizando R$ 70 milhões, o que representa uma das maiores ações contra a criminalidade no setor de cargas.

Além dos 16 detidos hoje, outros quatro membros da quadrilha já haviam sido presos anteriormente em operações semelhantes. A Polícia Rodoviária Federal está colaborando com a operação, que se mostra uma resposta contundente ao crescente problema dos roubos de carga no país.

A Ferrari apreendida e o montante em dinheiro indicam o estilo de vida luxuoso que os líderes da organização levavam, repleto de ostentação e riquezas adquiridas de maneira ilícita.

Iniciada após um roubo significativo em Cajamar, em julho de 2023, a investigação escalou rapidamente, revelando que os integrantes da quadrilha mantinham um estilo de vida luxuoso, com aquisição de automóveis de alto padrão, embarcações e investimentos em imóveis de luxo, além de frequentarem eventos exclusivos.

Fraudes com empresas de peças e manutenção de veículos foram identificadas como um dos métodos utilizados para comercializar os caminhões e partes roubadas. O nome da operação, Hammare, significa "martelo" em sueco, aludindo ao método específico da quadrilha para realizar os roubos e sua predileção por caminhões de marcas suecas.

As cidades-alvo da operação incluem: Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Osasco, São Paulo, Jandira, Maringá, Vilhena e Erechim. Com a magnitude desta operação, a PF reafirma seu compromisso no combate à criminalidade e na proteção da logística e do transporte de cargas no Brasil.