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Retrospectiva 2025: O Que Realmente Aconteceu em um Ano de Surpresas Econômicas

2025-01-02

Autor: Ana

Introdução

O começo de 2025 foi marcado por um clima de pessimismo generalizado quanto à economia brasileira. Contudo, para a surpresa de muitos analistas, os dados finais dos principais indicadores econômicos mostraram resultados melhores do que o esperado, apesar de estarem inferiores ao período anterior.

Desempenho Econômico

Os economistas, tantas vezes enganados nos prognósticos recentes, novamente não conseguiram prever com precisão o desempenho econômico do país. Um exemplo claro foi o PIB (Produto Interno Bruto), que cresceu 2,8%, superando as expectativas de 2% do início do ano.

A inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), terminou em 4,7%, abaixo da previsão de 5%, apresentando um ambiente inflacionário que, apesar de preocupante em alguns momentos, não descontrolou a economia. O que chamou atenção foi a cotação do dólar, que finalizou o ano a R$ 5,50, bem abaixo da previsão de R$ 5,96.

Setores da Economia

A economia brasileira manteve-se relativamente aquecida durante a primeira metade de 2025, impulsionada principalmente pela agropecuária e pelo setor mineral, especialmente petróleo e minério de ferro. Entretanto, a partir do segundo semestre, a atividade econômica começou a esfriar, em parte devido ao impacto da política de juros altos.

Mercado de Trabalho

No cenário do mercado de trabalho, observou-se uma leve retração. A taxa de desemprego subiu para 6,7% da força de trabalho, um aumento moderado em comparação com os 6,2% de 2024. Apesar disso, essa taxa ainda é considerada baixa e deve sustentar a massa salarial em níveis que estimulem o consumo.

Inflação em 2025

Quando falamos de inflação, os especialistas erraram novamente ao projetar uma taxa próxima de 6%. Em vez disso, os dados mostraram que a inflação conseguiu se manter sob controle, mesmo enfrentando uma ligeira alta que chegou a 5,5% no segundo semestre, mas que recuou para o fechamento do ano em 4,7%. Não houve grandes choques de oferta, especialmente em relação aos alimentos, o que ajudou a manter a inflação dentro de limites suportáveis.

Setor Externo

O setor externo também destacou-se positivamente, com a balança comercial superavitária em quase US$ 80 bilhões, impulsionada pela menor valorização do real frente ao dólar, favorecendo as exportações.

Economia Americana

Mudando de assunto, a economia americana, sob a presidência de Donald Trump, apresentou recuperação. As ações implementadas por Trump, que inicialmente prometiam um impacto drástico na economia americana, revelaram-se menos severas na prática. O crescimento econômico americano fechou o ano em 2,5%, e a taxa de desemprego foi marcada em 4%, um índice relativamente baixo para os padrões dos Estados Unidos.

Política Monetária no Brasil

No Brasil, com a pressão externa e uma moeda mais fraca, o Banco Central pôde moderar os juros, iniciando um ciclo de cortes na taxa Selic a partir do segundo semestre, após atingir um pico de 14,75%. Entretanto, o país terminou o ano ainda sem o equilíbrio fiscal prometido pelo governo, com um déficit primário de 0,5% do PIB e aumento da dívida pública, embora de forma menos intensa do que previra anteriormente.

Conclusão

Por fim, apesar do temor de um desastre econômico em 2025, a economia brasileira conseguiu se manter de pé. O ano mostrou-se um período de acomodação, com a expectativa de que em 2026, um ano eleitoral, novas diretrizes poderão ser estabelecidas. Fica a pergunta: o que será do futuro econômico do Brasil? Os desafios estão por vir, e o ano novo traz consigo isso como um aviso!