Rússia Acusa Ucrânia de Planejar Assassinatos de Altos Oficiais e Aumenta Tensão no Conflito
2024-12-26
Autor: Carolina
O FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia) anunciou na quinta-feira (26 de dezembro de 2024) que conseguiu frustrar novas tentativas de assassinatos contra altos oficiais russos e suas famílias em Moscou, informações que foram divulgadas pela Reuters. Segundo a agência, a inteligência ucraniana estaria por trás desses ataques.
O serviço de segurança informou que quatro cidadãos russos foram detidos por seu papel na elaboração de bombas camufladas como objetos do cotidiano. Um dos detidos foi flagrado com um artefato explosivo disfarçado de carregador portátil, que tinha como alvo um oficial do Ministério da Defesa. Outro suspeito tinha a missão de localizar altos oficiais para realizar um ataque usando uma bomba escondida em uma pasta.
A televisão estatal exibiu imagens onde os detidos admitiram ter sido contratados pela inteligência da Ucrânia, o que intensifica ainda mais as tensões entre os dois países. Desde o início do conflito em fevereiro de 2022, as hostilidades só aumentaram, com a Rússia acusando a Ucrânia de tentar instaurar uma campanha de terrorismo, enquanto a Ucrânia defende suas ações como respostas legítimas à agressão russa.
Uma reviravolta explosiva ocorreu no dia 17 de dezembro, quando um ataque atribuído à Ucrânia resultou na morte do tenente-general russo Igor Kirillov em Moscou. O ataque foi realizado com um explosivo escondido em um patinete elétrico, uma tática que levanta preocupações sobre a segurança de oficiais de alta patente na Rússia.
Kirillov liderava o programa de Proteção Nuclear, Biológica e Química do exército russo, e sua morte, confirmada pelo Comitê Investigativo da Rússia, marca um ponto crítico na escalada do conflito. Aos 54 anos, ele se tornou o oficial de maior patente a ser assassinado no território russo em operações atribuídas à Ucrânia, alarmando o Kremlin, que agora revisará os protocolos de segurança para altos oficiais.
Essa série de eventos pode ser um indicativo de uma nova fase de hostilidades mais intensas, pois ambos os lados se preparam para uma possível escalada do conflito no próximo ano. Uma análise detalhada das implicações geopolíticas e das respostas estratégicas da Rússia e da Ucrânia será fundamental para entender os desdobramentos futuros dessa crise.