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Rússia em Retiro Estratégico na Síria: Bases Permanecem Firmes, Dizem Fontes

2024-12-14

Autor: Fernanda

Fontes sírias confirmaram que a Rússia está retirando seu Exército das linhas de frente no norte da Síria e de posições nas montanhas alauítas. No entanto, as principais bases russas no país, a base aérea de Hmeimim em Latakia e a base naval de Tartous, continuam sob controle de Moscou. A queda do presidente Bashar al-Assad, que junto ao seu pai, Hafez al-Assad, estabeleceu laços estreitos com a Rússia, havia levantado questões sobre o futuro dessas instalações estratégicas.

Recentemente, imagens de satélite revelaram a presença de pelo menos dois gigantescos aviões de carga Antonov AN-124 na base de Hmeimim. Os aviões, com os cones de nariz abertos, estavam preparados para carregamento, indicando uma possível retirada de equipamentos.

Uma fonte de segurança síria observou que ao menos um desses aviões de carga decolou rumo à Líbia, levantando ainda mais suspeitas sobre a intenção da Rússia na região.

Além disso, informações indicam que Moscou está retirando algumas de suas forças e equipamentos pesados da linha de combate, embora não tenha planos de desocupar as suas principais bases na Síria. O objetivo, segundo autoridades do Exército sírio em contato com a Rússia, seria reagrupar e reposicionar tropas conforme a situação evolui no terreno.

Um autoritário rebelde também revelou que a presença militar russa e acordos anteriores com o governo de Assad não estão em discussão e que, no momento, o foco estará nas conversas futuras, onde o povo sírio terá a palavra final sobre o tema.

Curiosamente, as forças rebeldes estão se aproximando das bases russas, o que pode indicar uma nova dinâmica de poder na região. Enquanto isso, o Kremlin reconheceu que está em diálogo com os novos governantes da Síria sobre suas bases.

Um porta-voz russo reafirmou que estas discussões estão em andamento e que a presença russa na Síria é longe de ser uma ameaça. De acordo com analistas, a Rússia continua a consolidar sua influência no país, especialmente após garantir asilo a Assad, reforçando a percepção de que a Rússia não está abandonando seu aliado na Síria e deseja manter seu papel proeminente na geopolítica do Oriente Médio.

Nesse cenário, a questão sobre o futuro das bases russas e a nova configuração de forças na Síria geram expectativas sobre possíveis mudanças na dinâmica de controle da região.