A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, provocou a França nesta segunda-feira (17) ao comentar uma declaração polêmica feita pelo deputado francês Raphael Glucksmann. Durante uma convenção no dia anterior, Glucksmann sugeriu que os Estados Unidos deveriam devolver a Estátua da Liberdade, afirmando que o país não representa mais os valores que justificaram a doação do monumento.

Em resposta, Leavitt lembrou a importante colaboração entre os dois países durante a Segunda Guerra Mundial, afirmando: "Meu conselho para esse político francês anônimo e de baixo nível seria lembrá-lo de que é somente graças aos Estados Unidos que os franceses não falam alemão atualmente. Eles deveriam ser muito gratos ao nosso grande país".

A Estátua da Liberdade, projetada pelo francês Auguste Bartholdi, foi inaugurada no porto de Nova York em 28 de outubro de 1886, celebrando o centenário da Declaração de Independência dos EUA e simbolizando a amizade entre os dois países.

Glucksmann, conhecido por seu apoio fervoroso à Ucrânia, também criticou a drástica mudança na política dos EUA em relação à guerra sob a presidência de Donald Trump. Ele declarou: "Vamos dizer aos americanos que escolheram ficar do lado dos tiranos, aos americanos que demitiram pesquisadores por exigirem liberdade científica: 'Devolvam-nos a Estátua da Liberdade'. Nós a demos a vocês como um presente, mas aparentemente vocês a desprezam. Então ficará bem aqui em casa", questionou, levantando aplausos da plateia.

A troca de farpas entre os representantes dos dois países reacende um debate sobre o papel histórico dos EUA e sua influência no cenário global atual. Com a crescente tensão nas relações internacionais, muitos se perguntam se este incidente é um sinal de um distanciamento maior entre França e Estados Unidos ou apenas um momento passageiro de retórica política.