Cerca de 150 torcedores do Coritiba não hesitaram em viajar até a icônica avenida Faria Lima, uma das áreas mais nobres e financeiras de São Paulo, para fazer um protesto em frente à sede da Treecorp, a empresa que agora controla a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube paranaense. A indignação dos fãs é evidente devido aos desempenhos decepcionantes do Coxa desde a chegada dos novos investidores.

Com faixas impactantes que diziam ‘Safados’, ‘Treegolpe’ e ‘Vergonha’, o clima de revolta se espalhou entre os presentes. Músicas como ‘Haja paciência, essa Treecorp é pura incompetência’ e gritos chamando os investidores de ‘SAF de mendigo’ marcaram o tom da manifestação.

A Treecorp, que adquiriu 90% da SAF do Coritiba em agosto de 2024, prometeu um investimento mezzanino de R$ 1,1 bilhão ao longo de dez anos. Contudo, a realidade tem sido bem diferente, com resultados insatisfatórios em campo, o que gerou uma onda de críticas dos torcedores. Os principais alvos da Revolta foram Bruno D'Ancona, sócio da Treecorp, André Campestrini, diretor financeiro, e Roberto Justus, sócio e conselheiro da empresa. Esses mesmos nomes já haviam sido alvo de protesto durante um amistoso no Couto Pereira, onde o Coritiba sofreu uma goleada de 4 a 1 para o Santos no último dia 16 de março.

O cenário atual do Coritiba é alarmante: com a frustração de não ter conseguido o acesso à Série A em 2024 e quedas inesperadas nas copas nacionais, a torcida se vê em um momento crítico. Neste ano, o time não apenas falhou em avançar na Copa do Brasil, como também não chegou à final do Campeonato Estadual, levando os torcedores a questionarem o futuro do clube sob a atual gestão.

O protesto é um claro sinal do descontentamento e da insatisfação da torcida em relação à administração do clube. As manifestações devem continuar, enquanto os torcedores esperam por mudanças significativas que possam devolver o Coritiba aos trilhos da vitória e resgatar a confiança perdida.