Tragédia em Goiânia: Vendedora Morre Enquanto Esperava por UTI
2024-11-23
Autor: Matheus
Tragédia em Goiânia
Uma tragédia chocante aconteceu em Goiânia, onde a vendedora Katiane de Araújo da Silva, 33 anos, perdeu a vida à espera de uma vaga em UTI. O caso ganhou destaque na mídia e gerou indignação pela falta de atendimento. Na última terça-feira (19), Katiane foi levada ao Cais Cândida de Morais, onde ficou internada após uma queda nas plaquetas diagnosticada em exames de sangue.
Histórico Médico
De acordo com informações da família, Katiane enfrentou dores intensas nos dias anteriores, o que a levou a se manter na cama e, em um momento crítico, até a cair. "Disseram que era problemas na coluna de novo", contou a sobrinha, descrevendo a angústia pela qual passava a paciente. A família fez vários retornos ao hospital, enquanto os sintomas se agravavam.
Busca por Atendimento
Na quinta-feira (21), novos exames sugeriram a possibilidade de dengue hemorrágica, leptospirose ou febre amarela, mas, segundo os relatos da sobrinha, os médicos não encontraram explicações claras. Foi só após várias tentativas, que a vaga na UTI foi oficialmente liberada na manhã do dia 22, mas, tragicamente, Katiane já havia falecido na noite anterior.
Resposta das Autoridades
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que Katiane estava recebendo todos os cuidados possíveis na sala vermelha do Cais, que oferece recursos semelhantes a uma UTI. A pasta também enfatizou que não houve falta de assistência, alegando que os protocolos de tratamento para dengue grave são os mesmos em todas as unidades de saúde.
Nota da SES-GO
Por outro lado, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) ressaltou a responsabilidade dos municípios em estabilizar e cuidar de pacientes enquanto aguardam vagas em UTIs. O município de Goiânia havia solicitado a vaga no dia 20 de novembro, e a SES-GO lamentou a morte de Katiane, reiterando que a luta para aumentar a capacidade do sistema de saúde está em andamento.
Cenário da Dengue no Brasil
É preocupante o aumento contínuo de casos graves de dengue no Brasil, especialmente com a presença de variantes mais agressivas do vírus. As autoridades de saúde estão em alerta máximo e pedem à população que fique atenta aos sintomas, buscando atendimento imediato ao primeiro sinal de febre alta e dores severas.
Reflexões Finais
As circunstâncias da morte de Katiane levantam questões importantes sobre a eficiência do sistema de saúde e a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura médica, especialmente em um momento em que o número de leitos de UTI na região teve um aumento significativo, subindo de 1.635 em 2018 para 3.738 em 2024. Porém, ainda assim, o colapso em atendimentos parece ser um problema persistente.
Este triste episódio precisa ser um chamado para a ação: o que pode ser feito para evitar que mais vidas se percam na fila por atendimento? É hora de pressionar as autoridades e exigir um sistema de saúde mais eficiente e humano!