Nação

Tragédia no Rio: Criança de 6 anos morre após ingerir bombons envenenados

2024-10-02

O enterro de Ythallo Raphael Rosa, uma criança de apenas 6 anos, realizado na quarta-feira, 2, em Inhaúma, na zona norte do Rio de Janeiro, foi um momento de profunda dor e indignação para familiares e amigos. O menino faleceu após ingerir bombons supostamente envenenados.

Segundo testemunhas, uma mulher em uma motocicleta ofereceu os doces a Ythallo e a um primo seu, que teve a presença de espírito de recusar. Contudo, o pequeno Ythallo aceitou os bombons, não sabendo do perigo que estava prestes a enfrentar. Infelizmente, ele acabou oferecendo o doce também ao seu amigo Benjamin Rodrigues, de 7 anos, que agora se encontra internado em estado crítico no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea.

Durante o funeral, a tia de Ythallo, Michele Tobias, expressou seu desespero e revolta: "Acabaram com a vida dele. Aproveitaram a fome dele para matar. Que mundo é esse? Que vida é essa em que as nossas crianças não podem nem brincar em paz? Ela matou um anjo. O Ythallo só tinha 6 anos!", desabafou a tia, conforme relatado por diversos veículos de imprensa.

Ela também criticou o tratamento que crianças de comunidades recebem: "Até quando crianças da comunidade não vão poder brincar em paz na rua? Hoje foi a mãe do Ythallo, amanhã serão outras mães. Isso não é uma mulher, é um monstro. Quem matou o Ythallo? Pedimos ajuda a quem for preciso", declarou à mídia.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está em busca de imagens de câmeras de segurança e de informações que possam levar à identificação da mulher que distribuiu os doces. Até o momento, a Delegacia de Inhaúma já ouviu familiares e outras testemunhas, na tentativa de elucidar o caso.

As autoridades revelaram que, após a necropsia realizada no Instituto Médico Legal (IML), foram encontradas partículas amarronzadas no estômago do menino, semelhantes ao veneno conhecido como chumbinho, utilizado em envenenamentos. Este trágico incidente trouxe à tona discussões sobre a segurança de crianças em comunidades vulneráveis e a necessidade urgente de providências para evitar que casos como este se repitam. A cidade do Rio de Janeiro e suas prioridades de segurança pública estão sob os holofotes, e a população pede justiça para Ythallo.