A cidade de Belo Horizonte perde um líder: Falecimento de Fuad Noman deixa um vazio no cenário político da capital mineira

Comunicados de lamento têm vindo de várias figuras políticas, como Pacheco, Hugo Motta, Janones e Salabert, após a morte do prefeito Fuad Noman. Em uma nota oficial, a prefeitura destacou que "Fuad Noman dedicou décadas de sua vida ao serviço público, sempre pautado pelo compromisso com a ética, o diálogo e o bem-estar da população de Belo Horizonte. Ele era economista e deixava um legado de competência e responsabilidade na administração pública."

Quem foi Fuad Noman?

Nascido em Belo Horizonte, Fuad Noman se destacou por seus 55 anos de vida pública. Sua trajetória começou como servidor do Banco Central do Brasil, passando por diversas instituições como o Tesouro Nacional e o Banco do Brasil. Em 2012, Fuad decidiu se afastar da vida pública para dedicar tempo à família, especialmente à sua neta Isabela, que o considerava seu "xodó".

A vida política de Fuad começou a tomar forma quando aceitou o convite do ex-governador Aécio Neves (PSDB) para ser secretário de Fazenda. Depois, ocupou a pasta de Obras durante o governo de Antônio Anastasia (PSDB) até 2010. A partir de 2017, tornou-se secretário municipal de Fazenda e, em um giro inesperado, assumiu a prefeitura após a renúncia de Alexandre Kalil durante a campanha para o governo do estado.

Sua eleição em outubro de 2023, aos 77 anos, fez dele o prefeito mais velho de uma capital brasileira. Mesmo sem grande notoriedade no início da campanha, sua simplicidade e conexão com a população o levaram a uma surpreendente vitória no segundo turno, onde derrotou o bolsonarista Bruno Engler (PL).

Quem irá assumir a prefeitura após a morte de Fuad Noman?

O falecimento de Fuad Noman, que havia sido reeleito recentemente, surpreendeu a todos. A legislação eleitoral estabelece que o vice-prefeito, Álvaro Damião (União Brasil), assume interinamente o cargo.

Saúde Fragilizada e Coragem Inspiradora

Durante sua campanha eleitoral, Fuad lutou contra um linfoma abdominal e, em um pronunciamiento otimista, anunciou a remissão total do tumor às vésperas das eleições. No entanto, sua saúde permaneceu frágil. Ele tomou posse remotamente, devido a recomendações médicas, e enviou uma mensagem emocionada reconhecendo os cuidados que recebeu.

Nos meses seguintes, passou por várias internações e complicações de saúde, tendo lidado com pneumonia e outros problemas. Na última semana, Fuad apresentou sérios problemas de saúde e acabou falecendo após uma parada cardiorrespiratória.

A morte de Fuad Noman deixa um legado de dedicação ao serviço público e um exemplo de coragem diante das adversidades. Sua trajetória é inspiradora, e o impacto de sua ausência será sentido por muito tempo em Belo Horizonte. O próximo capítulo da administração municipal também será um reflexo de sua influência e dos desafios que ele enfrentou. A cidade agora se pergunta: quem será o próximo a levar adiante seu legado?