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Gestora Apresenta Novo Fundo de Dívida Inadimplente: Oportunidade Única em Meio à Crise Econômica

2024-10-07

Autor: Mariana

A turbulência no mercado de crédito brasileiro continua a aumentar, com o número de empresas enfrentando dificuldades financeiras crescendo a cada dia. Rafael Fritsch, sócio da Root Capital, destacou que "o setor do agronegócio está passando por um momento crítico e, surpreendentemente, as taxas de juros, que muitos esperavam que começassem a cair, estão subindo novamente". Essa situação gera uma pressão intensa sobre as empresas, que lutam para garantir liquidez imediata.

Diante desse cenário, a Root Capital está em busca de levantar R$ 500 milhões de investidores locais ainda este ano, com planos de lançar um fundo para investidores estrangeiros no ano seguinte, buscando arrecadar pelo menos US$ 100 milhões adicionais.

Intitulado Situações Especiais IV, o fundo focará em investir em dívidas corporativas inadimplentes e ações judiciais contra empresas e também governos, incluindo estados e municípios no Brasil. O plano é adquirir esses ativos em um período de dois anos, proporcionando aos investidores um prazo médio para retorno de cerca de quatro anos.

Enquanto em diversas partes do mundo as taxas de juros estão se reduzindo, no Brasil um novo ciclo de aperto monetário começou, com taxas já elevadas. Os dados do Serasa Experian revelam que os pedidos de recuperação judicial atingiram níveis alarmantes, com um aumento impressionante de 72% até agosto, totalizando 1.480 solicitações em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fritsch afirma que "este é um dos melhores momentos para adquirir dívidas problemáticas no Brasil". Muitos fundos de crédito privados que conseguiram captar recursos em 2023 têm focado em operações de curto prazo, com retorno quase imediato para os investidores. No entanto, o contraste é claro: esses fundos estão comprando principalmente dívidas de empresas de baixo risco e com prêmios de crédito reduzidos.

"Os fundos com alta liquidez não estão em posição de adquirir ativos ilíquidos, resultando em um capital escasso para um número crescente de ativos estressados", observou Fritsch. O objetivo é oferecer um retorno entre 12% a 15% mais a taxa de juros interbancária DI, que atualmente gira em torno de 11%. Para investidores institucionais e de varejo, o aporte mínimo exigido será de R$ 25 mil.

Em termos de desempenho, a Root Capital já alcançou uma captação líquida de R$ 1,32 bilhão este ano, gerenciando cerca de R$ 4 bilhões em ativos, distribuídos entre vários tipos de fundos de crédito privado, que incluem investimentos em debêntures de infraestrutura e títulos de alto rendimento.

Não perca a chance de se envolver neste fundo inovador que promete oportunidades de ganho em tempos de incerteza econômica. A recuperação pode estar mais próxima do que você imagina!