Tragédia em Praia Grande, SP

Na última segunda-feira (30), um acidente devastador em Praia Grande, São Paulo, resultou na morte de uma mãe e sua filha durante uma perseguição policial. O motorista, João Pedro Batista Barbosa, de 30 anos, estava em busca de um suspeito de roubo e após ser preso em flagrante, teve sua prisão convertida em preventiva durante audiência no Fórum de Santos.

O atropelamento ocorreu na Rua Maria Rosa Correia, no bairro Antártica. Carla Francisca de Queiroz, de 38 anos, e sua filha de apenas 13 anos, foram tragicamente atingidas enquanto andavam de bicicleta. A mãe sofreu ferimentos fatais, com esmagamento de tórax e crânio, enquanto a adolescente, apesar de ser levada à ambulância, não sobreviveu às tentativas de estabilização médica.

Momentos de pânico

Em seu depoimento, João alegou que estava atrás do suspeito que teria roubado o celular de um amigo, e durante a confusão, ouviu alguém gritar que ia atirar. Aterrorizado, ele afirmou ter confundido o pedal do freio com o acelerador, levando ao trágico acidente. Porém, a situação levantou questões sobre a responsabilidade do motorista em perseguições policiais e se ele agiu de maneira imprudente ao tentar capturar o suspeito em vez de chamar a polícia.

A prisão preventiva de João foi imposta pela gravidade das vítimas e o impacto emocional da tragédia que chocou a comunidade local.

Suspeito de roubo

Claudio Henrique da Silva, de 20 anos, o suspeito de roubo que estava sendo perseguido, também teve sua prisão convertida em preventiva após ser acusado de roubar o celular do amigo de João. Ele nega as acusações e alega que estava relaxando na praia quando foi implicado em um crime diferente, envolvendo uma corrente roubada no dia anterior.

Nos relatos, Claudio afirma que foi ameaçado por indivíduos que apareceram em um carro enquanto ele tentava se afastar da situação. A narrativa levanta dúvidas sobre a veracidade das informações e se ele realmente estava envolvido em atividades criminosas.

Impacto na comunidade

A morte de Carla e sua filha deixou a comunidade de Praia Grande em luto profundo, gerando debates sobre segurança pública e a necessidade de medidas que evitem perseguições perigosas. Muitos moradores expressaram sua indignação nas redes sociais, pedindo justiça para as vítimas e mudanças nas políticas de segurança que priorizem a vida inocente.

Essa tragédia ressalta a importância de ações conscientes por parte das autoridades nas ruas, bem como a urgência de uma reflexão sobre a segurança e a mobilidade urbana em áreas de grande movimentação.