
Tragédia em Santa Catarina: Estudante de Odontologia é Morta Durante Abordagem Policial
2025-03-23
Autor: Maria
Thamily Venâncio Ereno, de apenas 23 anos, estudante de odontologia em Criciúma, Santa Catarina, perdeu a vida após ser baleada na cabeça durante uma ação policial que ocorreu na tarde de anteontem. Sua morte foi confirmada hoje pela família, causando uma onda de indignação e tristeza na comunidade local.
Segundo informações da Polícia Civil, Thamily estava no banco de trás de um veículo que era conduzido por Kauan de Oliveira Filastro, de 20 anos, que era alvo de um mandado de prisão por tráfico de drogas e organização criminosa. O carro tentava fugir quando, ao não obedecer a sinalizações de parada, o motorista acelerou em marcha ré na direção dos policiais, levando um dos agentes a disparar, atingindo Thamily.
Após o disparo, a jovem foi imediatamente socorrida e levada ao Hospital São José, em Criciúma, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos e faleceu. O motorista que estava com Thamily foi preso em flagrante e enfrentará acusações de tentativa de homicídio e desobediência.
O delegado regional de Criciúma, André Milanese, declarou: "Acreditamos que o motorista não obedeceu à ordem da polícia a pedido do foragido", referindo-se ao companheiro de Thamily. No entanto, a defesa de Kauan nega qualquer intento de fuga e busca esclarecer os fatos, com a advogada Ester Santana Cucker afirmando que "em nenhum momento houve fuga". Para ela, a situação é complexa e demanda uma investigação detalhada para expor a verdade.
A defesa do motorista, que não teve o nome revelado, declarou que ele acelerou o veículo por temer ser vítima de um assalto, já que os policiais estavam em uma viatura não identificável e armados. Um membro da família do motorista também corroborou essa versão, afirmando que o carro realizava viagens de aplicativo e que o motorista não tinha intenção de desobedecer.
Thamily e Kauan estavam juntos há seis meses e residiam na cidade vizinha de Nova Veneza. Em meio à dor da perda, a família de Thamily questiona a ação do policial que disparou, alegando que sua reação foi desproporcional à situação.
A Corregedoria da Polícia Civil já foi acionada para acompanhar a investigação sobre o incidente. Além disso, este triste ocorrido levanta debates sobre o treinamento e a preparação dos policiais em situações de tensão, trazendo à tona a necessidade de uma reformulação na abordagem de operações em contextos como este.
A partida prematura de Thamily deixa um imenso vazio na vida de seus familiares e amigos, que clamam por justiça e pelas respostas que farão sentido em meio a uma tragédia tão dolorosa.